sábado, 3 de dezembro de 2011

Um fim de tarde


Black Rainbow

O sol dessa tarde fria bate em meu rosto, em meus cabelos, em meu corpo. Sentada a mesa, sem histórias, sem risadas, sem nada e, principalmente, sem seu abraço, sem você.
Esse sol me incomoda e me aquece, eu permaneço aqui, para ver se sua falta se vai por alguns instantes, para ver se há algo que me envolva mais que seu sorriso. Horas e horas dialogando com a minha mente, já se passaram dias, semanas, meses... Me escondo atrás deste computador, afundo minhas mágoas em abraços distribuídos para meus amigos, mas você ainda é meu amigo e minha pessoa preferida, para tudo.
Olho através da janela, por onde o sol entra, irá chover, digo, irá chover do lado de fora, do lado de dentro, já está alagado, às vezes, chega a transbordar. Peço desculpas por ser tão fraca, por não mostrar quando eu choro, por esconder isso de todos, mas não gosto de mostrar isso, para ninguém.
Olho para esse copo de suco, suco de pêssego como eu gosto, e lembro de nossos momentos, tudo tão nosso. Lembro-me de suas piadas para me fazer alegre, lembro-me de como costumava me chamar, lembro-me, então, da conclusão que chegara noite passada, nada, nunca mais, seria a mesma coisa. É tanta saudade, menino, que meu coração se aperta só de pensar, é triste lembrar que nunca mais vai ser a mesma coisa, que eu nunca mais vou rir como antes, que você, mesmo que não seja só passado, não vai ser a mesma pessoa.
Desculpa por te querer cada dia mais, por sonhar com você, por pensar em você, mas a culpa é sua, se você pensar, não era nem para sermos amigos, mas você sempre implicou comigo (e eu, aqui, rindo de toda aquela palhaçada que você fez, e que me fez gostar de você, desde a primeira vez que conversamos, se lembra?), sempre fez brincadeiras que, desde o início, me conquistaram. Espero que eu não seja a unica a se lembrar daqueles momentos, foram os primeiros de muitos, foram bons, muito bons.
Ah, menino, esses momentos tão bons, tão especiais, tão guardados, às vezes, insistem em sair dessa gaveta e, mais uma vez, me fazer derramar lágrimas.
Desculpe-me por tudo isso, desculpe-me por meus erros, desculpe-me por te querer tanto assim.

Biia.

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